Thursday, November 02, 2006

Talvez quase













[para ler ao som de ‘He´s got the whole world in his hand’ (trad.), na voz de Nina Simone]


Já não estranho nem me importo
Com o tanto que ficou inacabado
Conversas, encontros, jogos
Interrompidos no primeiro estalo

Parece mais previsível e rápido
O que antes surpreendia, durava
Segue agora como um hábito
Que apenas embaraça

Fosse de chumbo, fosse de asas
Se caísse fundo ou voasse
Poderia não valer mais nada
Mas talvez pouco, talvez quase

5 comments:

Cecília Floresta said...

Gosto disso de imagens e alguma música para ouvir para complementar as palavras... A mágica se faz assim, num "estalo".

P.S.: Você gosta de Legião Urbana! [Comentário digno de uma legionária fanática]

Beijo.

Anonymous said...

Você escreve muito bem hein, parabéns !! Eu faço o curso do Frederico, a Cecilia me passou o link. Abração, continue escrevendo, ótimo fds.

Anonymous said...

Olá, Ricardo, lindo e comovente o poema. Obrigada por partilhar essa beleza.
Anaelena

Anonymous said...

Ricardo, essa é a verdade da vida: o inacabado, o que virou hábito, um estalo perdido. O chão, talvez quase redimido.
Beijo

Sandra Regina said...

Adoro esse, Ricardo!! perfeito!! Lindo!!... Bom ver aqui para todos lerem... Meus beijos