Thursday, May 28, 2009
Arte traumatismo
Quando se estuda não se cria, ele pensa. Afinal, toda vez que está imerso em um curso é como se as vias se obstruíssem, a expressão calasse. Mão única para receber ou a vigía exagerada na crítica de si mesmo. O olhar se espalha na multiplicidade do que parece não caber mais no trabalho que se fazia. Oficinas demais, tentativas paradas.
Existem os outros, é verdade. Que absorvem, que não entendem. E também compõem, com seu passo, um corpo estranho no seu drama.
Volta aos seus mesmos conhecidos enquanto a crise não o espreme. Um parco legado de rascunhos que caminham.
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foto: interior da igreja Nossa Senhora Aparecida, na avenida Brasil, na zona sul de São Paulo, por Ricardo Imaeda
Tuesday, May 19, 2009
Delta
Mal chego à outra margem percebo que há novos trechos para atravessar. E mais outros. Parece a vida rodando de um jeito que me desacostumei de ver. É ela mesma ou terá alguma coisa mudado? Mas chegou a hora de desembarcar. Ou será melhor seguir, contornando os terrenos alagados?
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foto: lago do Guarapiranga a partir da barragem norte, na zona sul de São Paulo, por Ricardo Imaeda
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foto: lago do Guarapiranga a partir da barragem norte, na zona sul de São Paulo, por Ricardo Imaeda
Wednesday, May 13, 2009
IV
Início de quarto ano. Continuação de percursos pela cidade e pelos intrincados caminhos da existência. Quando embarcar não traz nenhuma segurança de encontro ou partida. Muitas paisagens podem até ser familiares. Mas quem as contempla deve ter mudado a cada vez. Assim como os textos, um pouco repetidos, tão diferentes.
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foto: interior da estação da Luz, na zona central de São Paulo, por Ricardo Imaeda
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foto: interior da estação da Luz, na zona central de São Paulo, por Ricardo Imaeda
Friday, May 08, 2009
Balõezinhos
Quando os problemas atordoam de não mais caber, quando os derradeiros atropelam o que ainda não surgirá talvez uma forma de conseguir lidar com isso seja desagregar, separar. Decompor os vários pedaços que tendemos a juntar quando desaba a tempestade. Cada fragmento parecerá menos ameaçador, possível de enfrentar.
Mas também pode ser benéfico criar novas áreas de interesse, multiplicar as pontes com o universo ao redor: escrever, cantar, conhecer outras pessoas, aguar as plantas... Tocar em mais balõezinhos, que podem nos alçar de volta para cima da superfície.
[Para um amigo em dificuldade]
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foto: pôr do sol a partir do bairro do Pacaembu, zona central de São Paulo, por Ricardo Imaeda
Mas também pode ser benéfico criar novas áreas de interesse, multiplicar as pontes com o universo ao redor: escrever, cantar, conhecer outras pessoas, aguar as plantas... Tocar em mais balõezinhos, que podem nos alçar de volta para cima da superfície.
[Para um amigo em dificuldade]
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foto: pôr do sol a partir do bairro do Pacaembu, zona central de São Paulo, por Ricardo Imaeda
Monday, May 04, 2009
O melhor dia para chegar a São Paulo
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