Monday, November 12, 2007

Arremesso livre

Às vezes é mais reconfortante sentir-se suspenso no tempo-espaço do que pisar firme no chão de uma certeza predatória. Melhor flutuar na vaga que chafurdar na lama. Errar de pára-quedas ao invés de guiar com crachá.

Nesse roteiro de segunda-feira os jargões não isolam mais. São ecos para eles mesmos. Na sensaboria que lhes basta, na superfície que lhes faina, da da da.

Mal se percebem sem fios. Que lhes servem e se servem. Compram amuletos de prosperidade para sorrir e não serem tentados a duvidar. Ainda conseguiriam se o tropeço os lançasse a um soco de ar?

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foto: avenida Ipiranga, centro de São Paulo, por Ricardo Imaeda
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