Em um dos seus belos textos, ‘As flores e o lixo’, o mestre Thich Nhat Hanh reflete sobre a precariedade de apreensão do real a partir de conceitos como limpeza e sujeira, pureza e imundície. Um conhecimento mediado por palavras ou idéias que estão continuamente classificando e julgando o que passa diante do observador. Reflete também sobre a natureza interconectada de todos os seres. Assim, vendo profundamente uma flor é possível ver também o lixo em que ela se transformará alguns dias depois. Ela é flor e todos os elementos não-flor, lixo inclusive, aqui e agora mesmo. Vendo profundamente o lixo, é possível ver a flor em que ele poderá se transformar logo mais. Ele é lixo e todos os elementos não-lixo. Cada ser contém todos os demais. É vazio de uma essência própria porque é constituído por todas as coisas que não são ele. E, por isso mesmo, está relacionado a todo o restante do universo.
‘To see a World in a Grain of Sand And a Heaven in a Wild Flower Hold infinity in the palm of your hand And Eternity in an hour’ - William Blake
[‘Ver um Mundo em um Grão de Areia E um Céu em uma Flor Selvagem Segurar o infinito na palma de sua mão E a Eternidade em uma hora’]
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