Sunday, February 04, 2007

O tao das árvores












[ao som de ‘Tonight my sleep will be restless’, de Alasdair Fraser e Paul Machlis, música de inspiração celta, ainda que a Irlanda não seja aqui]

Há muito tempo plantei um pinheiro. Desde os primeiros ramos, ainda no vaso de barro, acompanhei lentamente seu crescimento. Até que, transplantado para o solo do quintal de casa, ele ganhou o espaço para se expandir em sua justa medida. Viveu placidamente por diversos anos enquanto não acendeu temores humanos que, por fim, o vitimaram.

Ele continua a viver em cada pinheiro que encontro nas cidades que encontro. Em cada um deles posso reconhecer algum fragmento daquela mesma árvore. Inteira, como ela deve durar. Com diferenças acentuadas, como ela se transforma em toda nova vizinhança. Resta em uma quietude azul.

De certa forma, é sempre o mesmo pinheiro. Apenas mais forte com o tempo que incorporou nas sucessivas rematerializações. Sempiterno. Agora e aqui.

2 comments:

Anonymous said...

a foto está boa beijo do rô

Anonymous said...

lindos: a lembrança e o texto.
[]s
ricardo.