Aí eles passam. Melhor dizendo, simplesmente ignoram. Como se não fosse com eles. Seu olhar é de quem tem um horizonte dentro de si mesmos. Não se perturbam porque não se importam. Deixam os outros sem respostas. Tiram o valor de qualquer crença, qualquer valor.
Mas então você aprende. Com essas lições sem palavras. Duramente aprende a não acreditar. Anda por essas paisagens que por sorte não foram absorvidas pelos indiferentes. Olha para o chão enquanto ouve o barítono cantar a ária de Haendel:
‘Lascia ch’io pianga
Mia cruda sorte
E che sospiri la libertá!’
[Deixe-me chorar pelo meu destino cruel
E suspirar pela liberdade!]
Existe ária mais bela?
E você desaba.
1 comment:
gosto muito de teus escritos...
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