Wednesday, August 05, 2009

Lembrar, esquecer

Algumas vezes temos necessidade de nos certificarmos que estamos aqui e agora, vivos, presentes. Que tocamos o chão de verdade, as coisas existem de fato. Porque poderia parecer um sonho ou miragem, com o ritmo acelerado em que transcorre tudo.

Mas aí chega outra hora do cansaço desse não parar, do desejo de se esquecer dessa vida, buscar saídas. Ainda que temporariamente, com bilhetes de volta. Uma vontade de ficção: outras possibilidades, se possível outro destino. Sair de si, ligado a si.

É preciso mais que imaginação ou desvario. Talvez um aceno quase imperceptível em meio aos bons ainda mais perdidos.

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foto: detalhe do interior da Casa das Caldeiras, antiga unidade fabril e hoje um espaço cultural no bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo, por Ricardo Imaeda

1 comment:

Monge Tai Yin Yi said...

as caldeiras ... pensei que não existissem mais ...