
Não são fantasmas nem naves desconhecidas. Mas atormentam com sua presença, tanto mais sentida quanto mais negada.
E para quem precisa continuar (ou apenas teme partir) essas coisas funcionam como memórias alteradas. Criam uma imagem parecida, mais sombria, do que foi; mais incerta, final, do que pode aparecer.
Talvez por conta desses freios aquele que caminha começa a inventar. Inventar amigos, enredos, lugares. Essas outras coisas que o amparam, mas também não existem.
[ao som de ‘Mysterons’, de G. Barrow, B. Gibbons, A. Utley, com Portishead]
::
foto: grande auditório do parque Anhembi, na zona norte de São Paulo, por Ricardo Imaeda
1 comment:
Decartes afirmou que o pensamento garantia que nós existiriamos.
Será que está em algum ponto desses o que alimenta toda essa atração que você aponta?
Post a Comment