Wednesday, June 25, 2008

em fios que não se entendem, entanto seguem

[ao som de ‘Os presentes’, de K. Albuquerque, na belíssima voz de Eliana Printes]


A maior dificuldade era colocar os cadarços no tênis. Fazer coincidir as extremidades em extensão quando conseguia passá-los pelos orifícios estreitos. Quando entendia a lógica das tramas por que vinham e se sobrepunham para se acharem depois.

Andar deveria ser a parte mais fácil. Como as voltas de todos os dias. E os dias sem teias.

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foto: detalhe do parque da Aclimação, na região central de São Paulo, por Ricardo Imaeda

1 comment:

Flavio Yoshimura said...

É, andar DEVERIA ser a parte mais fácil....