Não é preciso um vaticínio de morte para mudar tudo. Basta um sentimento de finitude próxima. De que algo não vai bem com o corpo ou com o espírito. E as formas todas ganham outros sentidos. Cada gesto, peso alterado. A cidade, antes abrigo, começa a discutir com as lembranças.
É assim que passo esses dias. Na sala de espera de qualquer surpresa temida, sem pensar (porque seria mais dolorido). Sem provisões de água e alimento, agora que tais bens não sustentariam uma travessia. E sem repouso, porque pareceria um termo decisivo.
Não recitaria um mantra nem uma prece, ainda que Mahatma Gandhi assim o recomendasse. O silêncio é um único conforto. Reintegra o que se dilacerou ao longo do caminho.
[Talvez uma vela possa ajudar]
Sunday, December 17, 2006
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1 comment:
te escrevi.
abs.
ric.
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