Algumas vezes vem essa sensação de estranheza com tudo em volta. A impressão de que o tempo passou, os lugares passaram e qualquer coisa ficou perdida não se sabe onde. Poderia ser apenas um desajuste temporário, não fosse o incômodo, o peso de um transcorrer sem fundo.
Chega a hora em que não se encontra mais lá nada do que poderia ajudar a reconhecer a figura. O exterior desconectado de um interior cada vez mais encolhido e sem pares.
Diferente de uma viagem insólita. Está mais para uma deserção.
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foto: ruínas da Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, na cidade de Iperó, estado de São Paulo, por R.I.
Tuesday, April 26, 2011
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1 comment:
Estava falando sobre algo semelhante ontem. Falávamos do não-pertencimento nosso (eu e mira) a algumas intituições sociais (bairro, família, atual juventude etc) e como lidamos com essa inadequação. São os amigos que pensam como a gente (ou próximo), que nos salvam do ostracismo, da loucura, da depressão, da agressão etc. A Mira vai fazer o TCC dela sobre Clarisse e Heidegger. Acredito que vcs teriam muito a conversar... E eu tb estou por aqui!
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