
Quase não usa mais seu relógio, enquanto a bateria continua a se gastar. Não lhe perguntam mais as horas; elas também se afastam. Deve ser isso perder o centro: sentir as linhas de contato partirem ainda que não reconheça o abandono.
Faz noite a qualquer hora. Ônibus e trens atrasam. Quando chegam, lotados, riscam o chão de um jeito que não se pode mais saber se voltam ou recolhem. Não faz diferença.
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foto: torre da estação da Luz, na região central de São Paulo, por R.I.
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