Nesta hora, se percebesse o mundo da forma como fazia, deveria sentir um imenso tédio, uma insatisfação sem fim. Deveria acolher como derrota o destino que se condensou à minha volta. E seguiria com pesar, cessando passo a passo a velocidade até que algo se partisse para sempre.
Mas não é mais assim, embora nada tenha mudado de fato. É como aquele ônibus de dois andares, se lembra? Os dois planos da existência, lado a lado (ou acima e abaixo). Olhar para cada coisa em profundidade, não mais como um outro, mas como parte do universo. E me ver dissolvido na fração que se perde no percurso.
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foto: detalhe do interior da Catedral Metropolitana Ortodoxa, no bairro do Paraíso, em São Paulo, por R.I.
Saturday, November 28, 2009
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