Monday, July 02, 2007

Pacífico-Atlântico


Ao se entrar na sala um sensor aciona o mecanismo que faz girar o imenso globo terrestre. É escuro e o barulho de máquinas faz supor que estamos dentro de um navio. Pouco a pouco outros elementos se distinguem. Agora parece um porto. Malas e caixas atulhadas deixam ver que vários mundos pessoais estão de mudança. A paisagem é sombria e desalentadora, mas também guarda luz para traços futuros. Afinal, nada ali parece feito para repouso ou fim. É apenas um momento de passagem. Uma plataforma de abandonos alongada pela viagem, mas pronta para ela mesma se extinguir.

Alguns dias são assim. Desembarques forçados sem clareza ou vontade. E trajetos sem avisos, em direções sem saber.

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foto: detalhe da Sala de Navegação, Memorial do Imigrante, São Paulo, por Ricardo Imaeda

1 comment:

Anonymous said...

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