
Ouço ainda, sem parar, a melodia que flutua como conforto nos dias em seguida, sem apagar. Foi assim algum tempo, muito tempo, através de ruas de destino incerto, olhos fixos em contas a vencer. Enquanto nas linhas da canção uma simpatia vingava frágil, insistente. Balançava a cabeça, negava o que não poderia suportar. E marcava o ritmo de um passo para fora.
E cantava baixinho sem saber a letra ao certo. Agora que as vozes findavam mais cedo. Ainda cantava.
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foto: praça do pôr do sol, no Alto de Pinheiros, São Paulo, por Ricardo Imaeda
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