tag:blogger.com,1999:blog-280587032024-03-13T23:16:03.830-03:00Lon-SaoEscrever para compreenderRicardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.comBlogger354125tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-38948210445294806582011-11-22T18:19:00.001-02:002011-11-22T18:24:41.669-02:00E agora?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNCH__xPTiGefnwjl-MAEdbQ8aEqUidWMPXHCdQOKVAZ2VrRQeyv3uHGH0_uhHj87ajjbwqB1I3LBy_GppPAW5P1h4Y4KISUFdinsIEwEVF3oB9OPYMEveQF1NW6x-ZPjQiH5u/s1600/esta%25C3%25A7%25C3%25A3o+cidade+jardim2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677918275241315922" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNCH__xPTiGefnwjl-MAEdbQ8aEqUidWMPXHCdQOKVAZ2VrRQeyv3uHGH0_uhHj87ajjbwqB1I3LBy_GppPAW5P1h4Y4KISUFdinsIEwEVF3oB9OPYMEveQF1NW6x-ZPjQiH5u/s320/esta%25C3%25A7%25C3%25A3o+cidade+jardim2.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>‘Amanhã é um outro dia não é’<br />- Renato Russo (in ‘A Via Láctea’)<br /><br />Desespero é fazer as mesmas coisas sabendo que não passa. Não há fresta, não adianta. Ainda demora.<br /><br />E os dias decantam. Sem altas ou escolhas. Mas duram.<br /><br />::</em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: detalhe do acesso à estação de trem Cidade Jardim, na zona sul de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-60672885652052482562011-11-17T11:27:00.002-02:002011-11-17T11:33:28.919-02:00Segunda imagem<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnqESu1OhN_6FIPkNE7GM4fq_wjzF0Ywg2qdcAwKFzYcXqFi7ylj-j5rUUlykfWR5TbcZtBx4Us9KwI7FZHBMgcjsdj2oty7Uc2MB2N5sqR89k-zGGe18XE6IHnIutoTdd0SXi/s1600/IMGP6515a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5675956827748030194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnqESu1OhN_6FIPkNE7GM4fq_wjzF0Ywg2qdcAwKFzYcXqFi7ylj-j5rUUlykfWR5TbcZtBx4Us9KwI7FZHBMgcjsdj2oty7Uc2MB2N5sqR89k-zGGe18XE6IHnIutoTdd0SXi/s320/IMGP6515a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Sempre vi o mundo menor do que era. Por conta das lentes divergentes a imagem corrigida se mostrava reduzida. Nenhuma coisa tinha uma exata correspondência, como distância alguma deveria ser real.<br /><br />Durante anos os óculos comprimiram a vida e a filtraram numa espécie de cinema sem tela fixa. Eles tornavam nítido o que era preciso, ainda que não necessariamente. Exato, apenas quando desfocado, borrado.<br /><br />Talvez isso tenha contribuído para criar uma desconfiança quanto à veracidade do que se apresenta à vista. A realidade parece se decompor em graus a um movimento das mãos. Não é nada muito certa, nem se estende na medida do que se percebeu da primeira vez. <br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: detalhe da obra ‘Microscópio para São Paulo’, de Olafur Eliasson, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-73843022431849858682011-11-12T14:11:00.002-02:002011-11-12T14:15:03.819-02:00Soltar as cores<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicCErQr0WQ3EamA78i00siXM8rgI8-ZK2-WQFSG7oVk12HAjmteD-Mjm_MXGaRZW-5sZIsF1MJoHsqBwDwe9kYWGYMtbr98jPruYN7cuDdeEeCLTD5h_cb6mKFM7MirMqMek-I/s1600/IMGP6429a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5674143263294395154" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicCErQr0WQ3EamA78i00siXM8rgI8-ZK2-WQFSG7oVk12HAjmteD-Mjm_MXGaRZW-5sZIsF1MJoHsqBwDwe9kYWGYMtbr98jPruYN7cuDdeEeCLTD5h_cb6mKFM7MirMqMek-I/s320/IMGP6429a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Ele aproximava as cores da sensação de liberdade. As cores de cada vida: frutas, flores, pássaros, ventos. Para onde quer que olhasse encontraria ainda um rastro, um memo, passos de luz restante. Em cada cor aprofundou sua pausa. Deitou sua calma e se deixou ficar. Não adormeceu. Antes, foi como acordar de um salto, perder o rumo e jogar cada pedaço embora. <br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: detalhe da instalação ‘Seu corpo da obra’, de Olafur Eliasson, no Sesc Pompéia, São Paulo, por R.I. </em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-49746606760280990832011-11-09T11:18:00.004-02:002011-11-09T11:38:44.876-02:00Cada pequeno fim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfpp_c1dui8tXaLIgGnuH9aEF6_1MUNNNRABH5BVaMEoe9L80ZrUcccYs0nqY1XgNINTnpDu5OVWkh0SmOlaBu_dqNPtS5W1Da3pnXM7fkZnb0FjNHsDNl-Breh1BfCnrL6Oss/s1600/IMGP6533a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672986857279196786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfpp_c1dui8tXaLIgGnuH9aEF6_1MUNNNRABH5BVaMEoe9L80ZrUcccYs0nqY1XgNINTnpDu5OVWkh0SmOlaBu_dqNPtS5W1Da3pnXM7fkZnb0FjNHsDNl-Breh1BfCnrL6Oss/s320/IMGP6533a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em></em></span> <span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Começo de noite, parque para fechar, alguns gatos surgem por toda a parte. São brancos e pretos, parecem tranqüilos. Não há final de história para eles. Nas alamedas vazias estão sentados ou deitados, lambem o corpo e são indiferentes aos visitantes que passam. Estarão se sentindo sós?<br /><br />As luzes são acesas. Menos movimento ainda. O pavão no alto da árvore entoa seu canto. O domingo continua a findar.<br /><br />Pelas ruas quase ninguém. Assim é por muitas horas, cada vez mais escuro. E mais uma vez aparecem pálidas imagens, cortadas feito feixes à frente, no piso, contra as paredes. Definham como os passos, lentos.<br /><br />Não há chegada. E nem termina por completo.<br /><br />::</em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: detalhe de ‘Seu Planeta Compartilhado’, instalação de Ólafur Eliasson, no belvedere da Pinacoteca do Estado, no bairro da Luz, em São Paulo, por R.I. </em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-679183193747208842011-10-26T18:34:00.002-02:002011-10-26T18:40:27.709-02:00O que vai<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq3NmyD1SDHnDGpwmE9_QChHc5MRwTiEcRr3_-tk4Dpw8SRv10My7oj3N9WzQScmQjhbcsfX9megk97V0czpz3aBi5penHLhID_uVsgNC8NLsxwtJa8a4AdKLwautM3EvzW9Im/s1600/IMGP6400a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667902945539644290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq3NmyD1SDHnDGpwmE9_QChHc5MRwTiEcRr3_-tk4Dpw8SRv10My7oj3N9WzQScmQjhbcsfX9megk97V0czpz3aBi5penHLhID_uVsgNC8NLsxwtJa8a4AdKLwautM3EvzW9Im/s320/IMGP6400a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Cada ensaio de cura o leva mais um dia. Para longe daqui, outro corpo. Ventos de barulho, chuvas contínuas. Lá fora tosses escorrem, curvas sem fim. Largaram seu pulso. Não abandonam sua vez.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-83026510605442175982011-10-09T17:16:00.002-03:002011-10-09T17:28:14.348-03:00A meio caminho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOQWUjswCk0nh9msVJcBxi1c7dgvW3j-gHVudVXoZjHKyS03nH5c5sVxwO2U3LZ0n-isItsohxHc40CODLX6XJmWfFlRY1li62EVIRKJ2TgWq0yM1RpLDaXIIOmKYFbAXpXjbd/s1600/ibirapuera+25a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661590750191234354" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOQWUjswCk0nh9msVJcBxi1c7dgvW3j-gHVudVXoZjHKyS03nH5c5sVxwO2U3LZ0n-isItsohxHc40CODLX6XJmWfFlRY1li62EVIRKJ2TgWq0yM1RpLDaXIIOmKYFbAXpXjbd/s320/ibirapuera+25a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Deve ser parecido com morrer. O corpo fica pesado demais para levar de um lado para o outro. Olhando de fora, do alto, não se sente mais participar dessa matéria. Os nervos não respondem. Falta energia, um mínimo que seja para terminar de atravessar a avenida. Quase se vai de vez. Ainda assim, nada parecer tirá-lo do torpor que o atira e o contém. Estar doente é um ensaio. Mas não se sabe como terminará.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: bambuzal no parque do Ibirapuera, São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-19966306415900702472011-10-04T13:17:00.002-03:002011-10-04T13:23:31.295-03:00Andar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTVJRUkiFb62ncnKAWKeRcM9IxXulkUqcZ4wx0SWtyLtMjhMbr9iyu7n3QXeog-IqZQ_hcWCnexheVA138uf73pP1bDtR9CQuLUiBtW-NWDSkc4TE64fA4plewE5uNf5YTYxGL/s1600/rua+dona+paulina+1a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659672698521974594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTVJRUkiFb62ncnKAWKeRcM9IxXulkUqcZ4wx0SWtyLtMjhMbr9iyu7n3QXeog-IqZQ_hcWCnexheVA138uf73pP1bDtR9CQuLUiBtW-NWDSkc4TE64fA4plewE5uNf5YTYxGL/s320/rua+dona+paulina+1a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Ando em direção a um compromisso de trabalho; anoitece com pressa, pessoas saem à espera dos ônibus, rodas e rodas se esquinam; a cidade muda de ritmo e cor. Ando a caminho da escola, menino, com a pasta cheia de cadernos e livros, uma confiança de conhecer mais o mundo; seguro um doce de amarelo artificial, bananinha falsa mais doce, aroma industrial; a cidade parece ficar em torno, casa colégio. Ando de volta do emprego, jovem, num percurso longo, da metrópole à periferia, subúrbio, cansaço frustrado de tempos tomados; olho mais baixo para os paralelepípedos refletindo as luzes de mercúrio; a cidade se contrai, mais ampla que o dia que se desperdiça. Ando como se parasse a cada ano, sabor em sabor, subindo descendo escorregando, imaginando as histórias de uma e outra janela iluminada, enquanto me visitam o menino, o jovem, o agora há pouco; e sinto andar comigo todos eles.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: trecho da rua Dona Paulina, no centro de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-18589715701821114162011-10-03T11:11:00.001-03:002011-10-03T11:14:22.165-03:00Tão veloz como os neutrinos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5dk1Ps5Yptw4OO1BC_DrdRWp7QTx-y7qSc-yUxHsqZMCISAYb4Hv80ycINbP-WBofyGoCXz921IqCYHQ1fm7gPXgLvq_QvubsBy3DmyVUtOjw2ed9wR2-aQ7fMLqbig2kmBc/s1600/ametista2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659268743437531522" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5dk1Ps5Yptw4OO1BC_DrdRWp7QTx-y7qSc-yUxHsqZMCISAYb4Hv80ycINbP-WBofyGoCXz921IqCYHQ1fm7gPXgLvq_QvubsBy3DmyVUtOjw2ed9wR2-aQ7fMLqbig2kmBc/s320/ametista2.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Em um experimento conduzido há pouco cientistas constataram que neutrinos viajaram a uma velocidade superior à da luz, contrariando um pensamento até então tido como uma verdade absoluta.<br /><br />Talvez para muitos essa informação seja irrelevante, não modificando nada na sua forma de viver a vida. Afinal, o que representariam essas partículas minúsculas em meio à enormidade de seus problemas? Mas saber do questionamento de uma certeza tão fundamente arraigada pode fazer estremecer outras tantas. Abre possibilidades onde antes apenas paredes se estendiam. Intuições em meio às palavras. Alguma chuva depois de baixas umidades relativas do ar.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: geodo de ametistas, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-26083993219341129742011-09-26T18:34:00.001-03:002011-09-26T18:46:24.628-03:00Seco, sem ilusões<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1CADcd0etAPZbH3UVeI-2kAhUI7DYsUZgMsSRo19_36g0w-OkrosLKCvK2R5pnBofLnmM85ZsAoggD52i5TeDFj8XmpRRqI7cw_LFFhRl_-2uW9Jq5V6xBRBfxC7LXLFNd_bm/s1600/marco+zero+2a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5656787180451174386" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1CADcd0etAPZbH3UVeI-2kAhUI7DYsUZgMsSRo19_36g0w-OkrosLKCvK2R5pnBofLnmM85ZsAoggD52i5TeDFj8XmpRRqI7cw_LFFhRl_-2uW9Jq5V6xBRBfxC7LXLFNd_bm/s320/marco+zero+2a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Não perder ou perder pouco. Talvez seja isso que o tenha guiado em meio ao caos desses anos todos. As linhas se rompendo, pessoas desaparecendo. Sem mais a espera de outros tempos. E nem mesmo a nostalgia. Devia ser essa a experiência do deserto: terra seca para alma desidratada, miragens despidas pela desconfiança.<br /><br />Assim era, como há muito agora.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: detalhe do marco zero, na praça da Sé, centro de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-5129795293294654532011-09-21T10:22:00.001-03:002011-09-21T10:25:38.580-03:00Cá, longe<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6gGOru_-VJ6deJtOmrCblxLmcAUxGsyIxlhn85hhjuMLsbzs5ypJB-9iUo5H3XLOsvs1lfDRpeksl_hq9z-ry5aWjm7HxzmJvbtWNxBks9Xqsi0ve7CZWMVZOx4Jpby-3hgcV/s1600/estrada+cunha-paraty+3a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5654803198475904338" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6gGOru_-VJ6deJtOmrCblxLmcAUxGsyIxlhn85hhjuMLsbzs5ypJB-9iUo5H3XLOsvs1lfDRpeksl_hq9z-ry5aWjm7HxzmJvbtWNxBks9Xqsi0ve7CZWMVZOx4Jpby-3hgcV/s320/estrada+cunha-paraty+3a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>[ao som de ‘Mistake’ de Moby]<br /><br />Olhando em retrospecto, várias vezes ao longo da vida esteve diante de encruzilhadas. A cada escolha o percurso poderia mudar completamente. Tantas vezes a história poderia ter terminado ali, depois de pouco tempo. Quantas possibilidades ficaram sem nascer, memórias sem dono nem esperança. Mas inteiras.<br /><br />E a biografia foi se completando, tintas secas por vales cadentes. Em novas visitas mais gastas que redivivas. Mais paisagens que não podem ser tocadas, nem abandonadas. Presentes.<br /><br />A trilha não experimentada é um fantasma. De óculos. Assombração que devora humores das estações. <br /><br />:: foto: segmento da estrada Cunha-Paraty em dia de chuva, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-46266965155522601762011-09-14T16:26:00.002-03:002011-09-14T16:35:36.273-03:00O que muda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiACWXejOjYUNMMNlavyg6R9qjn3uSxwKLWQt0Dw0otVPWoVPgvwbbB23Dn9X8_FSLj-BLD0nvgZt2EO7NuzE3dG_iO2AGZjYR3vylJu_fqYPT7KsE5oJmpwzcRP3afpInen4GL/s1600/IMGP6009a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652300050565639938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiACWXejOjYUNMMNlavyg6R9qjn3uSxwKLWQt0Dw0otVPWoVPgvwbbB23Dn9X8_FSLj-BLD0nvgZt2EO7NuzE3dG_iO2AGZjYR3vylJu_fqYPT7KsE5oJmpwzcRP3afpInen4GL/s320/IMGP6009a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Nos livros e filmes as grandes mudanças na vida vêm quase sempre acompanhadas de deslocamentos no espaço. Parece que a viagem para lugares distantes, ou apenas diferentes, funciona como um sinalizador inequívoco de que uma transformação de fato ocorre. O ambiente espelha o interior.<br /><br />Perder-se em uma cidade, oferecer-se a toda sorte, funciona como um ato purificador – um ritual de renascimento. Assim devem querer os autores. Mas quem olha para o mutante talvez o perca em suas escolhas, suas dúvidas. Ignorará a jornada, ainda que perceba o refugiado. Ao outro persistirá a superfície, a face. Em parte do que será de novo o outro.<br /><br />Será possível mudar sem vencer a barreira da pele? Sem se mover dos limites habituais, sem sair dos espaços conhecidos?<br /><br />Aquele que procura parece estar um pouco além do aqui hoje. Ao mesmo tempo andou e ficou. Seu olhar parte, a paisagem ganha novo sentido. Tudo se mexe, cada coisa volta a seu lugar. Olha com estranhamento, senta-se e toma um chá enquanto pássaros cantam ao fundo.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: cúpula do orquidário Ruth Cardoso, no parque Villa-Lobos, zona oeste de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-44775098581874438002011-09-09T18:16:00.001-03:002011-09-09T18:23:25.820-03:00Concentrar diluir<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEKJ0_njmELKMYFEBfcVxA84o_E2hrr7RtvWD6EqOpWIr7dfPXzZS9xizPEBfwSH_X7bQI-EeKSfAfinEN6IwxzYN7zk0QI5DbLBbxhBAnbOSqKAkdG4hoX4LRZ2oP6xO_7ItA/s1600/joan%25C3%25B3polis+-+cachoeira+pinhalzinho+14a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5650473181046192450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEKJ0_njmELKMYFEBfcVxA84o_E2hrr7RtvWD6EqOpWIr7dfPXzZS9xizPEBfwSH_X7bQI-EeKSfAfinEN6IwxzYN7zk0QI5DbLBbxhBAnbOSqKAkdG4hoX4LRZ2oP6xO_7ItA/s320/joan%25C3%25B3polis+-+cachoeira+pinhalzinho+14a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Contra o ritmo veloz do fazer humano, o caminho. Diante dos dias reduzidos a minutos, me lembro de atentar para os passos, voltar aos respiros. A cidade com que tanto simpatizo precisa de tempo. De espaço para que o desequilíbrio possa se alargar em quedas, que dores se diluam na profusão dos outros afetos. Enquanto passam os tormentos. Fluentemente passam.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: pedras no percurso da cachoeira e do rio Pinhalzinho, em Joanópolis, estado de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-7099332331995770702011-08-27T18:31:00.002-03:002011-08-27T18:50:31.812-03:00Um café para dar força<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwtqzxDWyhwmLEsWjaLePOl1oBhw3zA3ncJhPBQGvyE7jVe0nt_jbJfL3crNuzppPT91Kmicbzps3gmucu7jDt0LYWAiow_M5LYh_3_szkIrKnWFDWRwKsjTwvYS5CrEX53ndk/s1600/mini+cafezal+3a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5645656140469149634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwtqzxDWyhwmLEsWjaLePOl1oBhw3zA3ncJhPBQGvyE7jVe0nt_jbJfL3crNuzppPT91Kmicbzps3gmucu7jDt0LYWAiow_M5LYh_3_szkIrKnWFDWRwKsjTwvYS5CrEX53ndk/s320/mini+cafezal+3a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Que o café que absorves em silêncio possa sustentar a clareza e a luz que irradias, ainda que febre e tropeços arranhem pelo caminho. Mantenha-te alerta na disposição com que alegras noites e dias dos que compartilham teus passos. Acolha e aconchegue nas horas escuras com seu vigor para ajudar nas travessias.
<br />
<br />Abraço forte.
<br />
<br />: para A. com carinho e compaixão
<br />
<br />::
<br />foto: detalhe do mini cafezal no Memorial do Imigrante, Mooca, São Paulo, por R.I.</em></span>
<br />Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-27343407325980492522011-08-17T20:13:00.002-03:002011-08-17T20:18:39.845-03:00As árvores da vida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFYXe5WGgIYZCYl0TBb51L_ZacOQeemIbyYAo1HXJUktnRu39CpGHhMrYGqEJXJZFdfzPxz_6LSfiyKMaWZF-ZryeWQX0Qp310qBvMRLypOkeSju2PSuJj06ZfWBZiYIo8NelJ/s1600/p%25C3%25A7+do+p%25C3%25B4r+do+sol+25a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641968007911217586" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFYXe5WGgIYZCYl0TBb51L_ZacOQeemIbyYAo1HXJUktnRu39CpGHhMrYGqEJXJZFdfzPxz_6LSfiyKMaWZF-ZryeWQX0Qp310qBvMRLypOkeSju2PSuJj06ZfWBZiYIo8NelJ/s320/p%25C3%25A7+do+p%25C3%25B4r+do+sol+25a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>As cenas ganham peso e significado através da câmara de Terrence Malick. Em ‘A árvore da vida’ cada pedaço do mundo passa a nos pedir mais atenção. Talvez não para caber em explicações, ainda que muitos espectadores assim o queiram. Mas simplesmente para lembrar que as coisas vão além do que se costuma pensar. Além das frações de segundo que a elas costumamos dedicar.
<br />
<br />Olhar para as árvores como mais do que árvores, mais do que vidas. Para as águas, para a terra. Mais do que natureza, mais do que graça. Talvez mais do que comporte a tela, suporte a vida. Como um mistério em toda a sua simplicidade. Que só exige um pouco de tempo a mais para que possa se manifestar.
<br />
<br />:: </em></span>
<br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: crepúsculo a partir da praça do por do sol, no Alto de Pinheiros, São Paulo, por R.I. </em></span>
<br />Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-37836995550081970692011-08-13T18:39:00.002-03:002011-08-13T18:50:13.305-03:00Allegro vivace<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiEq_XrhQ7k-lLPy1l_R7h39xdSoDKIm1e_E8JHtn4WyYXXyndRTgt7WNsNU82S1NgZF7UdMPuvj6OMB5r7EjrVEajq6DEdwPnJU9OlcYe0KJrMcliOdPz706pjfYz5onh18b8/s1600/avenida+paulista1b.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 217px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5640460511227635010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiEq_XrhQ7k-lLPy1l_R7h39xdSoDKIm1e_E8JHtn4WyYXXyndRTgt7WNsNU82S1NgZF7UdMPuvj6OMB5r7EjrVEajq6DEdwPnJU9OlcYe0KJrMcliOdPz706pjfYz5onh18b8/s320/avenida+paulista1b.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>A moça tocando violino na esquina da Paulista e Augusta, lembrei de Londres. Começo de noite, rios de pessoas entrando no metrô, luzes se acendendo, câmaras fotografando. Sexta-feira. A vida dá um nó. Eles parecem felizes.
<br />
<br />:: </em></span>
<br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: anoitecer na avenida Paulista, por R.I.</em></span>
<br />Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-70065021596053719662011-08-01T16:02:00.003-03:002011-08-01T16:05:43.327-03:00O vazio luminoso<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxz2H8063IUv0i9uLTj2RErqD1ifw6NTi_aOSct6Swq1vtNGojtz40NcMLYqExY0STWe_coCIspaN3qTU-9OLjil2ZuGKdNZi1ODWiCTixCLS5eZNWn-jOxsUkiaBsYXuCCh7K/s1600/ipiranga+-+a+partir+da+casa+do+grito+2a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635965412990826674" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxz2H8063IUv0i9uLTj2RErqD1ifw6NTi_aOSct6Swq1vtNGojtz40NcMLYqExY0STWe_coCIspaN3qTU-9OLjil2ZuGKdNZi1ODWiCTixCLS5eZNWn-jOxsUkiaBsYXuCCh7K/s320/ipiranga+-+a+partir+da+casa+do+grito+2a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Não existem mistérios na vida cotidiana. As coisas se revelam na sua natureza física, sem magia ou transcendência. Pedras são pedras e árvores, e pessoas. Serão sempre pedras e tudo o mais com vida passageira. Quem olhará assim para o seu redor?<br /><br />Nas pequenas distâncias se estende a jornada do incomum. Mais raro quanto mais simples. Tanto mais sem.<br /><br />Olhar com consciência é olhar pela primeira vez.<br /><br />::<br />foto: fim de tarde de domingo a partir do interior da Casa do Grito, no Parque da Independência, Ipiranga, São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-1817873573404189712011-07-26T19:58:00.002-03:002011-07-26T20:12:12.980-03:00Agora e na hora<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8L_Duk0S942UBLDt8T3Cxsa5VXeDhhWq0l_DCSWyD79THDQKGN7dgkXjVo3loh1HRUBK9M3PiYTZhCLqavkWpQmfLjZzrFw43oTP4_Jzwc65W9Yn6HUBHG0nC4dtYw4XKfg8g/s1600/biblioteca+de+sp+4a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633800971208084082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8L_Duk0S942UBLDt8T3Cxsa5VXeDhhWq0l_DCSWyD79THDQKGN7dgkXjVo3loh1HRUBK9M3PiYTZhCLqavkWpQmfLjZzrFw43oTP4_Jzwc65W9Yn6HUBHG0nC4dtYw4XKfg8g/s320/biblioteca+de+sp+4a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Tanta informação, toda a necessidade de sentido. Traçar uma linha se parece com criar histórias, ficcionalizar vidas. Caminham lado a lado, imagens ocas, peles abandonadas.<br /><br />Em um instante de folga (ganha à força) abro livros, que libertam fontes. Não demoram a cobrir ossos e vácuos em novas florações.<br /><br />À literatura!<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: interior da Biblioteca de São Paulo, na zona norte de São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-38370161201352128372011-07-09T14:23:00.002-03:002011-07-09T14:27:59.361-03:00A partir<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchAuqOklpsJuTL223vSsPHcX2inwF2Q8tbnGxuNSuO-4cMY1drR4kV-OoMTLyovyK5e_5wY11Nl2VOhKTad9AaS-sCPlceMqmLdpzzS8Q32nuXz3njIgitlwgy0qV92FeTE6L/s1600/catedralmetropolitana2a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627405242452510050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchAuqOklpsJuTL223vSsPHcX2inwF2Q8tbnGxuNSuO-4cMY1drR4kV-OoMTLyovyK5e_5wY11Nl2VOhKTad9AaS-sCPlceMqmLdpzzS8Q32nuXz3njIgitlwgy0qV92FeTE6L/s320/catedralmetropolitana2a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Fechou as janelas devagar, sem o estrondo de outras vezes. Não havia cortinas para baixar. Olhou para cada canto do quarto, sala, cada móvel, objeto. Na quietude em que estavam pareciam lançar um convite para ficar. Tanto tempo lhe fizeram companhia, ganhando quase rosto.<br /><br />Tocou as almofadas com um carinho de ausência, de dias recombinando cidades e histórias inconclusas. Em cada uma dez mil direções, sem nitidez, como sua miopia sempre envolvendo. E os escritos sem lentes, sem linha, sem luz.<br /><br />Andou lentamente para olhar mais lento para cada pedaço de si extraído externado em lugar. Quase parando em cada outro inspirado adotado em pessoa. Entre eles apenas passagens para desencontros.<br /><br />Respirou em plena consciência, andou para a porta, parou. Assim, através de nuvens e desertos olhou para casa pela última vez.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: interior da Catedral Metropolitana de Santiago, Chile, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-43005705397048995852011-07-05T13:22:00.002-03:002011-07-05T13:27:58.449-03:00Anti-espelho sonoro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT-bSfGcoMiK_mOa42BFjz0jg3ygMmpHxLbbBadbExtTIDN7u0W0_br80xHVpfyXSaNed8_-35v9aAykuCxotRCHczwE_CPMvt8NW81LOKANlkVR1q4AByPinTd2RvDSv-mPq3/s1600/ohtakecultural7a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 199px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625905056006886354" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT-bSfGcoMiK_mOa42BFjz0jg3ygMmpHxLbbBadbExtTIDN7u0W0_br80xHVpfyXSaNed8_-35v9aAykuCxotRCHczwE_CPMvt8NW81LOKANlkVR1q4AByPinTd2RvDSv-mPq3/s320/ohtakecultural7a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Parece sempre estranho ouvir a própria voz gravada, qualquer que seja o meio: secretária eletrônica do telefone, computador, gravador digital. Não é, de forma alguma, um espelho sonoro. Ela te fala de algum lugar muito distante. Alguma arca reaberta em uma plataforma distorcida. Que insiste em devolver um texto já rompido, abandonado.<br /><br />Não é você mesmo, mas guarda alguma familiaridade. Talvez em algumas vogais escuras, muito breves e quase imperceptíveis. Ou naqueles tiques de longa existência, que os ouvintes atentos podem reconhecer.<br /><br />Mas é outra voz, mais aguda, mais grave. Outra alma confrontada na invisibilidade, nessa ponte de mão única. Ela se repete cada vez diferente a alguém que parece não mais lembrar como foi chegar a esse outro lado. Uma voz desnaturada, suspensa no tempo.<br /><br />Ela perturba o viajante nas horas pares quando tenta trazer companhia sem ao menos causar um tremor.<br /><br />:: foto: detalhe do Ohtake Cultural, em Pinheiros, São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-90352880751822990322011-07-03T21:10:00.002-03:002011-07-03T21:15:29.806-03:00Ainda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmwQd3kyejNfKCYttRxgZ_fwMCplXt3mXrQbaPU8NXil-5dItzz2Iig3jobuF7ZUNHEEhJedn59HY6NGKSmF9Z2ni4cA2Z3kPZHbvCuxPOMtjV6IJzyc-2BFNH3PRqiL4T3kX/s1600/IMGP6275a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625283840030163842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmwQd3kyejNfKCYttRxgZ_fwMCplXt3mXrQbaPU8NXil-5dItzz2Iig3jobuF7ZUNHEEhJedn59HY6NGKSmF9Z2ni4cA2Z3kPZHbvCuxPOMtjV6IJzyc-2BFNH3PRqiL4T3kX/s320/IMGP6275a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>O uso exagerado da consciência mental acaba envelhecendo em demasia o organismo. Mais que cansa, matura e amortece. É como a conexão de internet consumindo a bateria do telefone. Desgaste, desmonte. O tempo se encolhe para o desenlace das preocupações. Passa o dia, a hora em minutos. E o pensamento, a que destino chega depois? <br /><br />Cessam as vozes nesse crepúsculo sem lanterna. Nessa pressa de dizer para onde. Estará lá, ainda que em quebra, ainda fraco, sem horizonte. Na terra sem promessa e sem história.<br /><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: fim de dia sobre lago no parque Ibirapuera, em São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-783791752235935612011-06-24T11:29:00.002-03:002011-06-24T11:43:04.951-03:00Nascer mais este dia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLgu77FsjqI6Y9HtdxCCIsbCYdVqN-VFUv8mSfFW7D0s0KZE9njsgGGPA3RDcpVVfym-j8HFgDDoKaNAIPIxdvEFbAX70jBf1DdwJ9f40z5V1hi5xB7GTYBAm8G04atZOypLaE/s1600/villa-lobos%252C+c%25C3%25A9uA1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621796544469752130" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLgu77FsjqI6Y9HtdxCCIsbCYdVqN-VFUv8mSfFW7D0s0KZE9njsgGGPA3RDcpVVfym-j8HFgDDoKaNAIPIxdvEFbAX70jBf1DdwJ9f40z5V1hi5xB7GTYBAm8G04atZOypLaE/s400/villa-lobos%252C+c%25C3%25A9uA1.jpg" /></a><br /><br /><div></div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Começa um novo ano.<br /></em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em><br />:: </em></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>foto: céu do parque Villa-Lobos, em São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-55689361015218543992011-06-15T19:34:00.002-03:002011-06-15T19:37:37.637-03:00Sob sua sombra<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4MKK4X8vEV4HiuD_7GRJyUDVs41C3PK-CH4Tl0DsFRrPBsRXdRvlafWrJKjYffcSEyEFZIllr9m-9DoI9zio_ZqPkRJOJRSikj4EBbH-k7wLbbjLxF4RNqVTz1pyzahB9Wi8/s1600/IMGP6284a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5618579106175523330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4MKK4X8vEV4HiuD_7GRJyUDVs41C3PK-CH4Tl0DsFRrPBsRXdRvlafWrJKjYffcSEyEFZIllr9m-9DoI9zio_ZqPkRJOJRSikj4EBbH-k7wLbbjLxF4RNqVTz1pyzahB9Wi8/s320/IMGP6284a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Este anoitecer parece longe nos planos e terras. Só as luzes talvez saibam o quanto durou. Quantas rotações carregadas de vezes a escapar, canções como companhia. Parece longe e nunca. Mas há gente ao longo do caminho. Ainda há sombra. E a lua. <br /><br />::<br />foto: lua sobre o Auditório Ibirapuera, em São Paulo, em noite de show de Sharon Jones, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-88893396441734227492011-06-11T14:34:00.002-03:002011-06-11T14:38:58.551-03:00Carta sonora<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCXZl-KozECkNvpwCufXt1MHwIa_bTqEUKFt_4Mlq_Uue-8DPY4EkTZo3MZ8wHXZiIS3zVxBISiW0P6F4CAvpV5oAwHzFkLYvKgX8GcMTDqnQcDzBIyM5wlQIitffhjRMla5j/s1600/marginal+pinheiros+3a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617017734343113106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCXZl-KozECkNvpwCufXt1MHwIa_bTqEUKFt_4Mlq_Uue-8DPY4EkTZo3MZ8wHXZiIS3zVxBISiW0P6F4CAvpV5oAwHzFkLYvKgX8GcMTDqnQcDzBIyM5wlQIitffhjRMla5j/s320/marginal+pinheiros+3a.jpg" /></a> <br /><div></div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Fazer uma coletânea de canções é uma forma de construir um mundo. Ou sonhá-lo. Movida por um tema ou sentimento, ela vai se tecendo ao puxar da memória, na associação de acasos, tropeços bem, mal sucedidos. Sem saber ganha corpo, passa quase a se sustentar. Cada música faz seu clima transbordar para fora da lista, contaminando a sequência e o ouvinte. Não é mais simplesmente uma trilha sonora. Ela se mistura na frente às imagens de histórias parte vivas parte enterradas. Percorre o ar que se expira a todo fim de faixa, numa exaustão de fim de fôlego.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-21873504216021481662011-06-05T19:57:00.002-03:002011-06-05T20:01:58.341-03:00Para o outro lado<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdSqmGP4fYb0AJPgW3WWkDGpSQ_6YGAduIEBfEVC4x5WRKeMtw1ytDX1n2uhuSGeOy6LF7WuwU6mnXNMl0WIV5e_gatynEU9dt3wLgbbxXQGFbDD2GedPmf_-vveQn9j4UeAXs/s1600/conjunto+nacionala.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 194px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614874479529155746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdSqmGP4fYb0AJPgW3WWkDGpSQ_6YGAduIEBfEVC4x5WRKeMtw1ytDX1n2uhuSGeOy6LF7WuwU6mnXNMl0WIV5e_gatynEU9dt3wLgbbxXQGFbDD2GedPmf_-vveQn9j4UeAXs/s320/conjunto+nacionala.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Nesse acordar tudo parecia diferente. Talvez não fosse uma névoa cobrindo de estranheza o mundo que costumava viver à sua volta. Havia algo mais longe, mais destoante. Como se as coisas estivessem em um outro plano. Ali na frente, mas tão fora de alcance.<br /><br />Dava um desconforto. Mais ainda: uma agonia. Por saber que os laços, antes quase rompidos, já não resistiriam mais. Estava solto no mundo. Sem um teto, sem um chão. Liberdade amarga, ausência de pares.<br /><br />Queria então que fosse apenas um sonho, daqueles de que se desperta aliviado. Sentiu frio, se encolheu, buscou uma lembrança, cantou baixinho um tema antigo, do coração antigo que imaginava continuar.<br /><br />Seguiu pelo dia sem saber o que estaria por vir.<br /><br />::<br />foto: telefones públicos no interior do Conjunto Nacional, na avenida Paulista, em São Paulo, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28058703.post-38037967266301070032011-05-31T10:21:00.001-03:002011-05-31T10:26:28.627-03:00Contemplação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdahMsp9praIvgBhvlr370pm7ygfpibjaLD0vCB41DRks6Xjf6qpBp-o12n0ncLZ85j1b2OBuBZocDesez3K_acrgF4vU8yxIEcs_-4PDLfljIOrbmjQ8Wv34uLPYtDZP8gQXs/s1600/cantareira+-+engordador+40a.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612870610620518210" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdahMsp9praIvgBhvlr370pm7ygfpibjaLD0vCB41DRks6Xjf6qpBp-o12n0ncLZ85j1b2OBuBZocDesez3K_acrgF4vU8yxIEcs_-4PDLfljIOrbmjQ8Wv34uLPYtDZP8gQXs/s320/cantareira+-+engordador+40a.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#cccccc;"><em>Tempo. A maior riqueza. Os espaços em branco são essenciais para que a visita do novo aconteça. Para que se pare a resposta automática, o giro da engrenagem do já sabido. Um tempo livre para se deixar ficar.<br /><br />Dias sem preenchimento. Sem tarefas ou objetivos. Apenas com a vida em passagem. À vida.<br /><br />::<br />foto: paineira e voo de pássaro na entrada do núcleo Pedra Grande do Parque Estadual da Cantareira, por R.I.</em></span>Ricardo Imaedahttp://www.blogger.com/profile/16184711397460796264noreply@blogger.com1