No palco largo, imenso, o centro iluminado contorna a pequena banda em torno de Stacey Kent. Quanto mais sua voz se contém aos registros mínimos mais rico de sutilezas ganha vida a canção. Vaga lenta como se falasse baixinho, pesando o sentido de cada palavra em ‘What a wonderful world’ (de B. Thiele, G. Douglas, Gd. Weiss). Na sua interpretação as pequenas coisas que inspiram o sentido do maravilhoso parecem recuperar a densidade perdida nas asperezas do cotidiano. E voltam ao ar na respiração pesada de quem acredita ao ouvir.
: [Com um agradecimento especial a René V. Almeida e a Reinaldo Alves pelo generoso presente de ouvir Stacey Kent ao vivo, ontem, no Auditório Ibirapuera]
:: foto: detalhe do Auditório Ibirapuera, no parque Ibirapuera, região sul de São Paulo, por Ricardo Imaeda
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